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Considerações Sobre Alimentos e Osteoporose

O tecido ósseo é um tipo de tecido vivo onde existe um processo contínuo de remodelação. A sustentação deste tecido é realizada pelo depósito de cálcio (hidroxi apatita) sobre um modelo cartilaginoso. Duas células principais estão envolvidas neste processo de remodelação: uma formadora, denominada OSTEOBLASTO e outra destruidora, denominada osteoclasto.

O equilíbrio entre a quantidade de formação e a quantidade de destruição faz com que haja uma manutenção da massa óssea.

Fisiologicamente, qualquer indivíduo passa por 3 fases diferentes. A primeira, que vai desde o nascimento até a idade adulta, onde a formação é maior que a destruição; a segunda, que vai desde a idade adulta até o inicio do envelhecimento (pré-menopausa na mulher), onde a formação e a destruição se equivalem e a terceira, dita fase do envelhecimento, onde a formação é menor que a destruição.

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Sempre que existir um aumento da destruição em relação à formação estaremos caminhando para um quadro de perda de massa óssea, que poderá culminar com um quadro de Osteoporose.

A menopausa, processo fisiológico pelo qual passam todas as mulheres por volta da 4ª. e 5ª. década da vida, repercute de forma direta no organismo pois a baixa hormonal faz com que haja um menor estímulo para a formação óssea, uma vez que os hormônios sexuais são estimulantes dos Osteoblastos, células responsáveis pelo processo de formação de massa óssea.

Além do estímulo hormonal sobre os Osteoblastos, são conhecidos inúmeros outros fatores que interferem no processo de formação óssea: ingesta adequada de proteínas, cálcio, Vitamina D, bem como uma atividade física regular dentre outros.

A ingesta de vitaminas e sais minerais em doses convenientes é considerada um estímulo positivo para que o Osteoblasto fabrique colágeno, o qual será o alicerce para a deposição do cálcio nos ossos.

Da mesma forma que em uma construção a sustentação das vigas e pilares é dada pelo ferro existente no interior delas, no tecido ósseo as malhas de colágeno fabricadas pelos Osteoblastos são primordiais para a deposição de Cálcio.

O colágeno é uma das proteínas existentes no tecido conjuntivo, sendo composto como todas as demais proteínas, por subunidades: os aminoácidos. O colágeno fabricado pelo Osteoblasto consiste de uma malha de tripla hélice formada a partir de aminoácidos específicos dispostos em seqüências específicas, e que são obtidos à partir da alimentação.

O Colágeno característico do tecido ósseo é o colágeno tipo I.

No processo de formação do colágeno tipo I é de crucial importância uma ingesta proteica adequada, bem como um aporte de vitaminas e sais minerais, visto que estas substâncias interferem de uma maneira positiva neste processo de formação.

Quando falamos em aminoácidos, são eles classificados em dois grupos distintos. Um grupo, dito essencial, composto de 9 aminoácidos e que podem ser obtidos principalmente através da ingesta da proteína do leite, da soja e da carne e um segundo grupo, denominado de não essenciais, pois o organismo pode fabricar através da ingesta de outras fontes proteicas.

 

 

Suplementos nutricionais que tenham em sua composição a proteína do leite (wheyprotein) e/ou a proteína da soja (soyprotein) e/ou Colágeno hidrolisado, são produtos auxiliares nos processos de formação e reparação do tecido conjuntivo.

Cartilagem, osso, músculo e tendões são tecidos conjuntivos cuja reparação ou a neoformação é estimulada por estas substâncias.

Indivíduos que possuem ingesta proteica baixa, não se alimentando das proteínas fornecedoras de aminoácidos essenciais terão, com certeza, déficit no processo de formação e reparação de tecido conjuntivo lesado.

Fato importante que deve ainda ser levado em consideração é o fato de que o simples fornecimento dos aminoácidos não é certeza do processo de reparação e formação, uma vez que este depende da ação de vitaminas e minerais que também devem estar presentes na alimentação.

Uma substância que pudesse fornecer todos os aminoácidos necessários associados a vitaminas e sais minerais seria uma opção adequada na estimulação de processos de reparação, e poderia ser considerada útil na diminuição da curva de envelhecimento do tecido conjuntivo.

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Dr. Antonio Carlos Novaes (Reumatologista)
Assistente Estrangeiro da Fac. de Med. de Paris